Doenças das mamas nas mulheres

Doenças benignas

Muitos dos sintomas das mamas são decorrentes de modificações normais, proporcionadas por efeitos hormonais durante o ciclo menstrual. Estas alterações são geralmente toleráveis e, após orientação de seu caráter de normalidade, muitas mulheres deixam de se preocupar e elas se controlam por si. Eventualmente, o uso de medicamentos hormonais pode ser necessário para aliviar sintomas, assim como medidas dietéticas (ex. reduzir chocolate, café, chás) e comportamentais (ex. exercícios físicos).
Além destas alterações funcionais, mais comuns em jovens e próximo da menopausa, podem ocorrer a formação de nódulos, áreas de retração e infecções, que não se relacionam com câncer mas também devem ser tratadas.
Cistos mamários são pequenas coleções líquidas no interior das mamas e que regridem espontaneamente. Quando grandes e/ou dolorosos, podem ser esvaziados através de punção. Não se relacionam com câncer.
As infecções são mais comuns no período da lactação, mas podem ocorrer em mulheres que apresentem mamilos invertidos e, especialmente, dentre aquelas que fumam. O tratamento passa pela utilização de antibióticos e, muitas vezes, há necessidade de drenagem de coleções de pus.
Muitos dos nódulos achados nos exames de rotina da mama são fibroadenomas. São tumores benignos, não se relacionam com câncer e podem, em mulheres mais jovens, regredir espontaneamente. Atualmente, são poucos os casos que necessitam de cirurgia para sua retirada.

Câncer das mamas


É o câncer mais frequente entre as mulheres e, infelizmente, sua frequência está aumentando nas últimas décadas. Acomete especialmente mulheres na faixa dos 40 e dos 50 anos, mas também é observado em mulheres jovens e mais idosas.
O grande objetivo da realização de exames de rotina para avaliar as mamas é a possibilidade do diagnóstico precoce, pois os tratamentos atuais são muito eficientes e permitem elevadas taxas de cura.
Apesar de tradicionalmente haver um discreto aumento de risco para aquelas mulheres que apresentem mulheres da família acometidas pela doença, mais de 75% dos casos diagnosticados não apresentam qualquer pessoa familiar acometida.
Mesmo na presença de mulheres da família acometidas, não há necessidade de pânico pois o aumento de risco só será significativo se a doença tiver comprometido mãe e irmãs em idade jovem, próxima aos 30 anos.
Portanto, toda mulher deve ser acompanhada e seu risco calculado pelo especialista. Não se tranquilize por não ter pessoas acometidas na família, nem se desespere por tê-las.